segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mistica na modernidade

Adriana R. de Jesus

Num mundo globalizado, onde as mudanças se renovam a cada instante, vivemos num momento singular da história. Cresce a consciência de que formamos o universo e dele dependemos. Essa consciência ganha dimensão a partir do princípio da autodestruição desse universo. O homem moderno no intuito de atingir níveis altos de desenvolvimento, sacrifica o que se tem de mais belo: os povos e a natureza, Resultando, com isso, a máquina de morte, capaz de devastar a humanidade e o universo.
Essa situação suscita novos direcionamentos e responsabilidades para controlar e limitar o princípio da autodestruição. Que esperança tem a humanidade?
O ser humano esta inserido no universo e tudo acontece dentro de um processo de evolução e nesse processo tudo precisa ser regido pelo equilíbrio entre a Vida e Morte.
A humanidade global integra a multiculturalidade, a dimensão espiritual e mística da existência humana. Este encontro é importante, pois, o convívio de muitos povos e tradições culturais se encontram se mesclam e dialogam. Todos devem aprender a conviver com as diferenças e se completarem.
O ser humano abre-se a um dinamismo que o leva adiante e faz culminar o mais alto da realidade e de vida é por natureza intrínseco e criativo, o que confere a sua subjetividade irrepetível.
Hoje há uma preocupação para integrar na vida humana a espiritualidade ou seja, busca-la enquanto exigência da sensibilidade e da gravidade de problemas vividos atualmente.
Quando se fala de espiritualidade, pensa-se numa experiência de base, imbuída de significados e valores, que coloca a vida no centro e mantém o movimento criador.
A mística reanima constantemente as energias além de simples interesse e acima dos sucessos e fracassos. Mística é uma experiência forte, pessoal e coletiva em busca da satisfação e da plenitude humana. Por ela passa, nossos sonhos e desejos de um mundo novo e de relações humanas e sociais mais amorosas.
A experiência mística é uma herança universal. E é facilmente identificada nas civilizações e no cotidiano. A mística não pode ser padronizada, domesticada e nem pode torná-la propriedade de alguns.
A mística da contemplação é o saboreamento da presença da divindade na obra da criação e no trabalho humano.
A mística se expressa conforme a conjuntura e a cultura: aparece como indignação, protesto, conflito, disputa, articulações. Mas não perdendo a dimensão da gratuidade: a ternura, o lazer, o ócio, a festa, a poesia, a celebração e a reza.
Quando o homem se encontra com sua finitude ele aspira superar suas limitações, criando um Ser que transcendente, e se aproxima de Deus num relacionamento de profunda comunhão. A felicidade com que sonhamos deve realizar-se.

Nenhum comentário:

Postar um comentário